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No século XX, a migração dos trabalhadores, quer em termos geográficos quer em termos ocupacionais de atividades relacionadas com a agricultura, é considerada uma das maiores transformações. Em Portugal, o meio rural tem sido caracterizado pelo elevado índice de desertificação e população envelhecida. Ao mesmo tempo, a agricultura, sendo a principal atividade económica no meio rural, tem sofrido, substancialmente, um declínio no que se refere ao mercado laboral e à economia nacional. A falta de mão-de-obra e a elevada concorrência estimulou o setor agrícola para um processo de inovação e reestruturação, com forte aposta na internalização. A integração de trabalhadores estrangeiros e a expansão da procura de mão-de-obra no setor agrícola Português constituem uma contradição atendendo ao declínio do meio rural observado no século XX. Esta contradição constitui o ponto de partida do projeto de investigação "Imig Alentejo”, que tem duas dimensões principais:

1. Identificar as características, intensidade e determinantes da procura de mão-de-obra estrangeira no setor agrícola na região do Alentejo;

2. Analisar o perfil sociodemográfico e as expectativas dos trabalhadores estrangeiros inseridos no mercado de trabalho do setor agrícola na região do Alentejo.

Este projeto científico é financiado pelo Fundo de Asilo, Migrações e Integração – (PT/2018/FAMI/352) providenciado pelo Alto Comissariado para as Migrações.