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Universidade de Évora quer tornar olival mais resistente às alterações climáticas

2021-03-22

A Universidade de Évora (UÉ) está a liderar o OLEAdapt, um projeto focado para a resiliência do olival face às alterações climáticas. Para tal, está a definir uma estratégia sustentável para a gestão de pragas em olivais através do estudo da diversidade e das variedades de oliveiras em Portugal. O objetivo é dotar os agricultores de conhecimento sobre as variedades nas quais devem apostar.

Para definir as variedades de olival mais adequadas para o país, o grupo de investigação vai combinar as projeções climáticas com uma estratégia de gestão dos serviços de controlo biológico fornecido por morcegos.

Será necessário "realizar uma análise fina dos impactos ecológicos e económicos, provocados pelas alterações climáticas”, considera José Herrera, o investigador do Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento da Universidade de Évora (MED-UE), que se encontra a coordenar o projeto OLEAdapt. O projeto pretende agora "selecionar as variedades que tolerem fisiologicamente os novos regimes climáticos permitindo aos agricultores continuar a cultivar nas mesmas regiões”, revela o investigador.

Face ao aumento da dependência de produtos sintéticos causada pela maior incidência de pestes, o investigador do MED-EU considera "necessário encontrar respostas para melhorar os serviços de controlo biológico” (nomeadamente o controlo de pragas providenciados por inimigos naturais locais). Este "tornou-se um fator chave para a adaptação de culturas agrícolas às alterações do clima ao reduzir as perdas provocadas por pragas com práticas de gestão sustentável em termos ambientais e de biodiversidade”, acrescenta.

Fonte: Vida Rural

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